Qual é a diferença entre pecuária extensiva e intensiva?

rebanho de bois representando a pecuária

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A pecuária consiste na criação de animais para a comercialização, principalmente para a obtenção de matérias-primas, como a carne, o leite, o couro, a lã e várias outras. Dessa forma, qualquer atividade para fins comerciais que envolva o confinamento ou o tratamento de animais criados em coletivo, popularmente chamados de gados, é considerada atividade pecuária. Nesse caso, destacam-se os bovinos, equinos, caprinos, ovinos e suínos.

Apesar de ser considerado um país industrializado, o Brasil apresenta enorme representatividade no setor agropecuário mundial. Afinal, os brasileiros estão entre os principais produtores de carne bovina do mundo e possuem o maior rebanho comercial do planeta. Assim, a agropecuária representa uma fatia considerável do Produto Interno Bruto (PIB) do país e gera milhões de empregos.

Dentro da pecuária, existem diferentes práticas, de modo que existem dois sistemas: o extensivo e o intensivo. Com o objetivo de tirar suas dúvidas sobre o assunto, nós da Uniderp preparamos este artigo.

Se você tem interesse em trabalhar na área, verá também quais são as graduações mais indicadas para entrar nesse ramo. Boa leitura!

O que é pecuária extensiva?

A pecuária extensiva é tida como o sistema mais tradicional da criação de gados, representando a maior parte das atividades agropecuárias do Brasil. Ele é feito com a criação de animais em grandes áreas, a pasto. Isso significa que, nas áreas de criação, os gados são deixados livres. O fim é a comercialização, ou seja, o lucro, com a venda de carne e couro, por exemplo.

A popularidade desse sistema de criação acontece devido a uma grande vantagem: o baixo investimento. A criação dos animais é feita em grandes extensões de pasto, de onde os gados conseguem retirar a maioria dos nutrientes necessários, o que deixa a produção mais barata.

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No entanto, como as forragens não têm todos os minerais necessários, é preciso realizar a suplementação dos animais com sal mineral ou sal comum se o terreno for pobre nesse tipo de nutriente. Alguns terrenos também contam com rios ou lagoas, não sendo necessário oferecer água para o gado.

Como as áreas são extensas, o gado fica bastante espalhado, o que torna o monitoramento e o controle de desenvolvimento dos animais uma tarefa difícil. Por esse motivo, o controle da produtividade da pecuária extensiva não ocorre de maneira efetiva, tornando os animais menos lucrativos.

Outro ponto negativo é a necessidade de amplos terrenos, uma vez que a ocupação de grandes áreas pode gerar problemas ambientais, devido à degradação constante dos pastos.

O que é pecuária intensiva?

A pecuária intensiva é considerada o oposto da pecuária extensiva. A primeira característica que difere os dois sistemas é a criação feita em áreas menores, em sistema de confinamento. Nele, o gado é separado em lotes e criado em área restrita, que pode ser um piquete, um curral ou uma baia. Entre eles, existem vários tipos de segmentos, que variam entre o gado de corte e o de leite.

Como não há pastos, os animais são alimentados por meio de cochos. A dieta é balanceada, sendo focada nos objetivos do gado. Dessa forma, no gado de leite, é possível aumentar a produção de leite nas vacas e, no gado de corte, diminuir o tempo necessário para que o animal alcance o peso ideal para o abate.

Outra vantagem é o controle completo do rebanho. Como os animais estão confinados, é possível verificar, sempre que necessário, aspectos da saúde, da alimentação, do desenvolvimento e da produtividade. Dessa forma, o animal torna-se mais produtivo e rentável para o pecuarista, potencializando seus lucros.

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Destaque para o uso da tecnologia

Um aspecto bastante interessante da pecuária intensiva é a tecnologia utilizada nos sistemas de criação. Uma das técnicas características desse tipo de criação é a manipulação genética, com o objetivo de desenvolver gados mais vantajosos e com melhorias para o produtor. Assim, é possível desenvolver animais com mais resistência a doenças, com carne mais macia, com maior produção de leite e com mais peso em menos tempo, por exemplo.

Entenda mais sobre o tema no vídeo a seguir, produzido por profissionais do curso de Jornalismo da Uniderp e da TV Pantanal:

A inseminação artificial é uma técnica que complementa a manipulação genética. Para tanto, aplica-se o sêmen dos bois no útero das vacas, evitando o contato direto entre os animais e o tempo que esse processo leva. Dessa forma, os pecuaristas escolhem a melhor genética para o gado, além de evitar a disseminação de doenças infectocontagiosas entre os animais.

Esses tipos de procedimentos são feitos pela atuação em conjunto do médico veterinário e do agrônomo, profissões importantíssimas para o bom desenvolvimento desse tipo de pecuária.

Nesse sentido, vale ressaltar que a pecuária intensiva exige mão de obra qualificada, assim como observação constante do rebanho. Por esse motivo, o investimento é maior não só devido às tecnologias empregadas, mas também para o acompanhamento de profissionais formados em Zootecnia, em Agronomia, Engenharia Agronômica e em Medicina Veterinária requisitados pela pecuária intensiva.

Em resumo, quais são as diferenças entre a pecuária extensiva e a intensiva?

Na pecuária intensiva, os gados são confinados em espaços restritos. Com o uso de procedimentos tecnológicos, é possível monitorar os animais e maximizar a produtividade. No entanto, a mão de obra para tanto deve ser especializada, o que demanda maiores custos. Como é possível ter um amplo controle da nutrição dos animais, é indicada para a pecuária leiteira.

As vantagens são:

  • melhor seleção do gado;
  • maior modernização;
  • maior controle dos animais;
  • melhor nutrição dos rebanhos;
  • pequena área é suficiente para as criações.

Já as desvantagens são:

  • alto investimento em tecnologia;
  • alto custo de mão de obra qualificada.

Na pecuária extensiva, os gados são deixados livres em pastos muito amplos. O monitoramento do gado é mais difícil; por isso, não é possível avaliar a nutrição e a saúde com frequência. No entanto, não é necessário alto investimento, visto que os animais retiram os nutrientes do próprio pasto, e não é contratada mão de obra especializada. Por esses motivos, é indicada para a pecuária de corte.

As vantagens são:

  • baixo investimento em recursos e tempo.

Já as desvantagens são:

  • baixa produtividade;
  • difícil controle do gado;
  • disponibilidade de amplas áreas;
  • necessidade de suplementação mineral.

E então, entendeu quais são as principais características da pecuária extensiva e intensiva? É importante salientar que não existe uma técnica melhor que outra. Na realidade, tudo depende de qual será o investimento do pecuarista, o tipo de gado criado e as expectativas em relação ao agronegócio. Para quem gosta da área e está no Mato Grosso do Sul, como vimos, vale investir em uma faculdade de Agronomia ou Medicina Veterinária para atuar nesse ramo.

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