A importância dos modelos anatômicos no ensino de saúde

Inscrição Vestibular Medicina 2025 Uniderp

Que as aulas práticas de anatomia são essenciais para uma formação médica eficiente não é novidade. Mas você sabe qual é a importância dos modelos anatômicos no ensino de saúde?

Indo muito além do aprendizado básico, os modelos anatômicos são ferramentas pedagógicas de alta relevância, que permitem uma educação prática contínua, proporcionando um estudo constante e eficiente!

São considerados modelos anatômicos peças individuais ou um conjunto de estruturas que representam o corpo humano.

Se você está iniciando no curso de medicina agora ou pretende ingressar em breve na graduação, continue a leitura e saiba como as diferentes simulações anatômicas podem ajudar no desenvolvimento de suas habilidades médicas. Essa facilidade se estende ainda a outros cursos da área da saúde, como enfermagem, odontologia, biomedicina, fisioterapia e outros. Confira!

Grandes nomes fizeram parte da história da medicina e implementação de modelos anatômicos

A história da medicina é longa, tendo seu início marcado em torno de 460 a.C. Grandes nomes como René Laennec, Andreas Vesalius, Marcello Malpighi, Jean-Martin Charcot, Leonardo da Vinci e Henry Gray fizeram parte da história e evolução da medicina moderna que conhecemos hoje.

Os principais exemplos da relação dessas figuras com a anatomia e implementação de modelos anatômicos são:

  • Henry Gray: nascido em 1827, ficou mundialmente conhecido por escrever o livro “Gray’s Anatomy” – um clássico da medicina.
  • Leonardo da Vinci: mundialmente conhecido pelas suas obras e diferentes habilidades, teve grande influência nos avanços da medicina ao revolucionar o estudo em anatomia humana, baseando-se em dissecações e um melhor detalhamento sobre as estruturas do corpo humano.
  • Andreas Vesalius: o médico ficou conhecido como “o pai da anatomia moderna”, contribuindo para a evolução dos estudos anatômicos.
Modelos anatômicos facilitam o aprendizado visual. Fonte: Shutterstock.

O impacto de Vesalius e Leonardo da Vinci

A contribuição desses importantes nomes – Andreas Vesalius e Leonardo da Vinci revolucionou a forma como o estudo em universidades de medicina é conduzido até os tempos atuais.

No caso de da Vinci, o uso de suas representações anatômicas se fez indispensável para que os sistemas do corpo humano fossem melhor compreendidos. Seus estudos anatômicos, muitas vezes não publicados, forneceram insights fundamentais sobre a musculatura, ossos e sistemas do corpo, antecipando descobertas científicas futuras. Com origem Italiana, da Vinci viveu por 67 anos, dedicando grande parte de sua vida aos estudos anatômicos.

Tour Virtual de Medicina Uniderp Campo Grande

Vesalius, por sua vez, também teve um relevante impacto na história da medicina e, particularmente, no estudo de anatomia. O “pai da anatomia moderna”, como ficou conhecido, escreveu o livro “De Humani Corporis Fabrica”, que revolucionou o estudo anatômico. A obra de Vesalius é considerada uma das mais influentes de todos os tempos.

Ambos foram determinantes para que cada parte do corpo humano fosse estudada com maior aprofundamento, permitindo visualizar e identificar detalhes importantes para o funcionamento do organismo. Isso abriu portas para a medicina que temos hoje, na qual não depende 100% de peças anatômicas reais para os estudos.

Atualmente as faculdades de medicina utilizam peças anatômicas reais, estruturas anatômicas simuladas, softwares, livros e outras ferramentas para estudo.

A era moderna com Henry Gray e os avanços no ensino anatômico

Se você é da geração Y, Z ou até mesmo dos Millennials, certamente já ouviu falar na série Grey’s Anatomy, certo?

O nome da série Grey’s Anatomy foi baseado na obra “Gray’s Anatomy”, o livro escrito por Henry Grey, que foi e é considerado até hoje uma das principais obras da história da medicina.

A era moderna, marcada pelos avanços científicos do século XIX, trouxe importantes transformações para o ensino anatômico. O livro de Gray, publicado em 1858 foi destaque no século, consolidando a anatomia como disciplina científica essencial e com informações mais acessíveis.

O livro ganhou destaque pela clareza e precisão nas descrições anatômicas, tornando-se um marco no ensino médico. A obra de Gray foi essencial para a padronização do conhecimento anatômico, ajudando a formar a base para o aprendizado sistemático e a pesquisa na área médica. 

Com isso, a anatomia passou a ser ensinada de forma mais detalhada e estruturada, contribuindo para a evolução da medicina moderna que vivemos atualmente, no século XXI.

A evolução dos modelos anatômicos no ensino de saúde

Quando o assunto é saúde, fica clara a importância de conhecer o corpo humano, assim como o seu funcionamento, correto?

Eles ajudam a compreender estruturas complexas do corpo. Fonte: Shutterstock.

A disciplina de anatomia existe em outros cursos da saúde, além da medicina. Conhecer as estruturas do corpo humano é crucial para entender a fisiologia, permitindo entender como cada sistema deve funcionar para garantir a homeostase (funcionamento adequado do organismo).

Além da fisiologia, a anatomia também tem papel fundamental para o entendimento das patologias (doenças). Ou seja, a anatomia serve como base de ensino quando o assunto é o suporte à saúde!

Enquanto antigamente a pouca tecnologia limitava o ensino à peças reais, utilizando mais cadáveres para estudo, a evolução fez com que novas formas de aprendizado surgissem, abrindo as portas para a medicina moderna atual.

Com isso chegam os modelos anatômicos, ferramentas pedagógicas anatômicas que permitem principalmente o uso do tato e visão para uma aprendizagem multissensorial e portanto mais eficiente.

Atualmente ambas as estratégias de ensino são utilizadas nos cursos de medicina. O uso de modelos anatômicos em conjunto com as peças reais oriundas de cadáveres, com base sempre no código de ética do estudante de medicina, proporciona um amplo e completo aprendizado.

A abordagem multissensorial e o estudo em peças de modelos anatômicos

Sendo uma estratégia pedagógica que estimula a compreensão e a retenção de informações de diferentes formas, a abordagem multissensorial utiliza atividades que envolvam diferentes sentidos.

No estudo em peças de modelos anatômicos, isso se aplica da seguinte forma:

  • Tato: o toque permite sentir e diferenciar tamanho e espessura das peças analisadas. Nos modelos anatômicos que contemplam diversas estruturas, como por exemplo o sistema digestório completo, é possível ainda montar e desmontar as partes, permitindo um melhor entendimento de como os sistemas se complementam.
  • Visão: visualizar as peças fictícias ajuda ainda a entender cada estrutura de forma separada, já que a criação das peças permite a aplicação de cores vivas, favorecendo uma maior diferenciação de cada parte da peça. Com isso, as representações visuais de órgãos, ossos e demais estruturas ocupam um espaço essencial na formação médica. Por exemplo, quando o aluno visualiza um modelo anatômico de coração, é mais fácil visualizar e distinguir veias, artérias, átrios e ventrículos. Já quando o aluno olha a peça anatômica real, oriunda de cadáveres, pode sentir maior dificuldade na diferenciação das estruturas, principalmente nas fases iniciais do curso. Justamente por este motivo, uma estratégia bastante adotada nos cursos é estudar primeiro em modelos anatômicos e, posteriormente, em peças reais.
  • Audição: os alunos têm ainda o suporte dos professores, que explicam a matéria enquanto a peça anatômica é analisada. Além disso, alguns estudam em grupos, exercitando o pensamento crítico e identificação correta de cada estrutura.

Mas não pára por aí! Atualmente é possível mesclar tecnologias e metodologias de ensino, para que o estudo seja ainda mais completo. Continue a leitura para entender como o ensino em anatomia pode ser dinâmico e cada vez mais eficiente!

Conhecendo os diferentes tipos de modelos anatômicos e sua relevância na prática

Você já deve ter percebido que os modelos anatômicos desempenham um papel essencial no ensino de saúde, proporcionando representações visuais e táteis para uma melhor compreensão da anatomia humana.

São ferramentas seguras para simulações de procedimentos. Fonte: Shutterstock.

Dentre os principais tipos de modelos anatômicos, destacam-se:

  • Os modelos tridimensionais impressos em 3D: que oferecem uma visualização detalhada e interativa de estruturas anatômicas, permitindo a exploração de diferentes ângulos. 
  • Modelos de plastinação: que preservam os tecidos humanos de forma realista, são utilizados para demonstrar a anatomia com grande precisão, sendo amplamente aplicados em cursos de anatomia.
  • Modelos em cera anatômica: que são frequentemente utilizados em ambientes educativos, senso feitos manualmente, proporcionando um estudo minucioso das formas e texturas dos órgãos. 
  • Modelos articulados do sistema esquelético: permitem o estudo dinâmico dos ossos e suas articulações, sendo essenciais no ensino de ortopedia e fisioterapia, por exemplo.

Estes modelos físicos para aprendizado, que permitem o toque, são considerados excelentes ferramentas de aprendizado prático, facilitando a compreensão dos alunos ao representar de maneira tangível a complexidade dos sistemas do corpo humano.

Tecnologias modernas: modelos 3D, realidade aumentada e virtual

A utilização de recursos tridimensionais de anatomia ou até mesmo simuladores de realidade aumentada tem se tornado uma ferramenta indispensável no ensino prático, promovendo uma aprendizagem mais eficaz e precisa no campo da saúde.

Também conhecida como “prototipagem rápida” ou ainda “tecnologia de fabricação adicional”, a impressão 3D está cada vez mais presente na rotina de estudos e profissionais na área da saúde.

Trabalhos ressaltam a importância da inclusão de novas ferramentas no ensino médico, como é o caso deste artigo, publicado em 2020, que cita como ferramentas modelos anatômicos convencionais, impressão 3D, representação virtual do corpo humano e outras que ajudam o estudante na rotina. Além da rotina acadêmica, as tecnologias avançadas, como os modelos anatômicos virtuais ou prototipagem rápida, permitem ainda um trabalho preciso e mais seguro, possibilitando, por exemplo, o treinamento de técnicas cirúrgicas em modelos para treinamento cirúrgico antes da realização do procedimento no paciente real.

Vale lembrar que essa tecnologia não se restringe à medicina humana. Na medicina veterinária, por exemplo, a impressão 3D já ganhou espaço quando o assunto é o planejamento para próteses e órteses de animais, contribuindo para a preservação e bem-estar das espécies. Foi através desses avanços tecnológicos que uma equipe brasileira entrou para o Guinness World Records (o Guinness Book) ao implantar um casco feito em impressão 3D em um jabuti que havia sofrido lesões gravíssimas de queimaduras. Outro exemplo disso é este artigo publicado na ResearchGate, que mostra a impotência da impressão tridimensional na área. É incrível como esses avanços favorecem a saúde e bem-estar de diferentes espécies, não é mesmo?

O melhor de tudo é que, hoje em dia, já é possível produzir peças com custos mais atrativos do que alguns anos atrás, quando a tecnologia era extremamente restrita e com custos muito elevados.

Falando em outras áreas, vale também lembrar que o estudo em conjunto com outros colegas pode ser uma grande oportunidade! A Organização Mundial da Saúde (OMS), por exemplo, considera a colaboração interprofissional em educação e prática como uma estratégia inovadora para o aprendizado.

Tornam o ensino mais interativo e dinâmico. Fonte: Shutterstock.

O impacto dos modelos anatômicos no aprendizado de saúde

Não é novidade que o uso de modelos anatômicos no aprendizado prático contribui de forma assídua e funcional para o bom desempenho estudantil.

Além de favorecer o entendimento dos alunos, a prática nesses modelos aumenta também a segurança dos procedimentos supervisionados que serão realizados com pacientes reais em etapas avançadas do curso, como no período do internato ou até mesmo após a formação – na residência médica. Com isso, entendemos que o uso dos modelos anatômicos aumentam a segurança do paciente, já que permitem estudo e treinamento prévio.

Um trabalho publicado no Research, Society and Development Journal em 2022 buscou entender como as impressões em 3D de peças anatômicas são fundamentais na prática clínica dos alunos de medicina. Isso reforça a importância dos constantes avanços da área.

As inovações em modelos anatômicos, como por exemplo as impressões em 3D, citadas anteriormente, são tendência e devem estar cada vez mais presente na rotina dos estudantes, sendo atualizadas e apresentadas rotineiramente em congressos, simpósios e cursos da área.

Leia mais: conheça outras matérias da grade curricular de medicina!

Estímulo à gamificação e interatividade no ensino

A gamificação no ensino tem se mostrado uma ferramenta inovadora para aumentar o engajamento dos alunos e melhorar a retenção do conteúdo ensinado em aula. A estratégia torna o aprendizado mais dinâmico e interativo, despertando maior interesse por parte dos estudantes.

Na área da saúde, por exemplo, a dissecção virtual pode ser utilizada, oferecendo uma alternativa prática e menos invasiva para o estudo da anatomia. Através de representações visuais de órgãos, os estudantes podem explorar o corpo humano de maneira detalhada e imersiva. A dissecação virtual tende ainda a ajudar os alunos nas fases mais iniciais do curso, já que permite uma visualização mais detalhada quando comparado às peças anatômicas reais.

O ensino prático também é fortalecido por essas ferramentas, proporcionando uma aprendizagem mais ativa e menos teórica. Dessa forma, a gamificação e a interatividade no ensino promovem um ambiente mais eficiente e motivador para os estudantes, com maiores taxas de adesão às atividades propostas.

Ajudam a identificar órgãos e suas relações anatômicas. Fonte: Shutterstock.

A importância dos modelos anatômicos no aprendizado prático da saúde

Como vimos, o uso de modelos anatômicos nas disciplinas práticas torna o aprendizado muito dinâmico e eficiente, garantindo uma melhor retenção do conhecimento adquirido em sala de aula e nos laboratórios.

Indo muito além das representações anatômicas, para uma formação sólida e uma carreira promissora é necessário que o aluno fique atento ao escolher uma faculdade para trilhar este longo e gratificante caminho que é a graduação em medicina. Afinal, a instituição deve cumprir o seu papel e oferecer o suporte e ferramentas de ensino necessárias para o bom aproveitamento do aluno ao longo do curso.

A Uniderp é uma excelente escolha quando o assunto é profissionalismo e capacitação para uma formação de excelência!

Com nota máxima no MEC (5 estrelas), a Faculdade de Medicina Uniderp oferece excelência em infraestrutura. Além disso, os diferenciais da instituição incluem:

  • Corpo docente formado por professores experientes e renomados.
  • Inserção de alunos no SUS desde o início da graduação, para o desenvolvimento ágil de habilidades práticas.
  • Aprovação elevada de alunos em programas de residência médica.
  • Formas de ingresso como processo seletivo tradicional, transferência externa, segunda graduação, uso da nota do Enem e muito mais!

Acesse a página do vestibular de Medicina da Uniderp e saiba mais detalhes sobre o que você precisa para iniciar uma carreira médica de sucesso!

O que você achou disso?

Clique nas estrelas

Média da classificação 0 / 5. Número de votos: 0

Nenhum voto até agora! Seja o primeiro a avaliar este post.

Quer receber mais conteúdos como esse gratuitamente?

Cadastre-se para receber os nossos conteúdos por e-mail.

Email registrado com sucesso
Opa! E-mail inválido, verifique se o e-mail está correto.
Artigos relacionados