Como fazer uma boa gestão em negócios familiares?

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Os negócios familiares apresentam características únicas graças ao envolvimento de indivíduos com fortes laços pessoais. Por isso, quem está encarregado da gestão precisa entender os desafios específicos e tomar medidas protetivas para ter um bom desempenho nesse contexto.

Os desafios, vale ressaltar, não afetam apenas o membro da família que assumirá uma posição na empresa. O profissional de fora que busca uma colocação também precisa ficar atento às particularidades desse tipo de negócio para exercer bem o seu papel.

Então, se quiser entender como deve ser a gestão de negócios em família, continue a leitura deste conteúdo. Reunimos as principais dicas para que você faça um bom trabalho e tenha uma carreira de sucesso!

O que são negócios familiares?

Os negócios familiares são empreendimentos coletivos, normalmente criados para manter o sustento de grupos de pessoas que têm vínculo sanguíneo, adotivo ou afetivo, como pais, filhos, avós, netos, casados e conviventes. Não à toa, são destinados a passar de geração em geração.

Os familiares costumeiramente participam da empresa nos mais variados setores. Logo, convivem com profissionais do mercado na condição de líderes ou colaboradores. Tudo isso gera uma série de desafios que precisam ser conhecidos por todas as partes envolvidas.

Quais são os desafios dos negócios familiares?

Empresas familiares acumulam as dificuldades comuns aos negócios com os problemas específicos de misturar laços pessoais e profissionais. Ademais, o propósito de manter o controle do empreendimento durante gerações pode trazer problemas. Veja os principais desafios!

Conservadorismo

Uma das dificuldades dos negócios familiares é o engessamento. Mudanças, que já enfrentam resistência em outras organizações, como migrar para o digital, implementar softwares de gestão, contratar consultores externos e delegar atividades, são ainda mais complicadas de serem conduzidas.

Conflitos internos

O ambiente de trabalho em empresas familiares é um terreno fértil para conflitos. Além do risco de questões pessoais e empresariais se misturarem, pode haver insatisfação dos profissionais vindos de fora em relação aos contratados dentro da família.

Falta de competências-chave

Uma terceira dificuldade é garantir que os familiares exerçam funções dentro de suas possibilidades e desenvolvam as competências necessárias para realizar o trabalho. A ideia é que os motivos principais para uma contratação devem ser os conhecimentos, as habilidades e as atitudes, e não os vínculos pessoais.

Motivação dos colaboradores

Também será difícil manter a motivação das equipes se não houver mérito ao ocupar um cargo dentro da empresa. Será difícil até mesmo reter talentos se a competência não for o critério-chave para o crescimento e a competição interna for injusta.

Como fazer uma boa gestão?

O segredo para uma boa gestão em empresas familiares é conciliar as relações existentes com as demandas de negócios. É, principalmente, inserir todos dentro de um modelo profissional, sem descaracterizar ou negar a origem da organização.

O nível de dificuldade dependerá da sua posição. Você pode ser um dos familiares que vai ajudar ou assumir o negócio, mas também pode ser um profissional recém-chegado que deseja melhorar as práticas internas. Isto é, os poderes para realizar mudanças são diferentes.

No entanto, independentemente de ter um papel com maior ou menor força, existem algumas práticas de gestão que podem ser bastante eficazes. Logo, você pode, pelo menos, sugerir e buscar acordos para implementá-las em uma empresa familiar.

Mantenha o controle financeiro

Muitas vezes, os negócios familiares não fazem uma gestão financeira, fiscal e contábil adequada. Misturar contas pessoais e empresariais, não ter um software de gestão e não criar processos claros para registrar as operações são erros comuns nessa área.

Outro ponto é a necessidade de conscientizar os familiares sobre o uso dos recursos da organização. Defina salários e pro labore — retribuição por serviço prestado pelo sócio —, em vez de permitir que as pessoas saquem livremente o dinheiro disponível.

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Tenha uma estrutura de cargos e de salários

Uma forma de reduzir conflitos é criar planos de carreira, descrevendo cada uma das funções dentro da empresa: poderes, responsabilidades e benefícios. A partir de então, a hierarquia deve vir do cargo, e não das pessoas. Esse foco em funções é fundamental para que todos saibam os limites de sua atuação e convivam em harmonia.

Não conceda privilégios

Em geral, a entrada de familiares nos diversos setores dessas empresas se torna algo natural. Porém, é importante que o profissional tenha a competência para exercer a função para qual foi designado, bem como que seja submetido a cobrança e a avaliações em igualdade com os demais colaboradores.

Montar um plano de carreira — em que os critérios para ser promovido ou ganhar mais são previamente estabelecidos — é uma forma de facilitar essa gestão. Afinal, se o familiar não tem a formação, o tempo de serviço ou os resultados requeridos por um cargo, a recusa será objetiva e sem margem para discussões.

Não se deixe levar pelas emoções

Não basta ter a intenção de oferecer o tratamento igualitário, você deve ser racional ao tomar uma decisão sobre os familiares. Isso vale principalmente para o momento de cobrar desempenho e postura profissional.

Uma dica é priorizar métodos de avaliação mais objetivos, como indicadores de desempenho e metas. Os primeiros são números-chave que esclarecem sobre a performance profissional: número de vendas, percentual de clientes abordados convertidos em efetivos, notas de satisfação concedidas pelos clientes etc.

Por sua vez, as metas são os desafios que o profissional precisa superar para atender aos objetivos da empresa. Logo, é algo que pode estar associado a um indicador de desempenho, que serve para especificar essas exigências.

Invista em capacitação

É importante, ainda, que você busque a qualificação técnica necessária para gerir a empresa. Uma dica é fazer uma graduação em Administração de Empresas, Agronomia ou Ciências Contábeis, considerando o ramo da organização e a função exercida. Afinal, além de ter o conhecimento, você precisa transmitir credibilidade ao propor mudanças.

Na Uniderp, você pode obter um diploma de excelência e com mais de 40 anos de tradição em qualquer dessas áreas. Além disso, por meio do Canal Conecta, é possível buscar vagas de estágio e emprego durante o curso superior para adquirir a experiência profissional e estar mais maduro no momento de assumir, auxiliar ou trabalhar em um negócio familiar.

Defina um plano de sucessão

O ideal é que, caso vá assumir uma empresa familiar, a transição seja um processo gradual, dentro do qual você consiga aprender sobre o negócio e desenvolver o seu relacionamento com os colaboradores da organização.

Normalmente, o plano de desenvolvimento passa por atuar em um período em setores-chave, como produção, comercial, RH, vendas, financeiro etc. Posteriormente, conhecendo o negócio mais a fundo, o líder antigo delega de forma gradual as suas funções até que o novo gestor assuma completamente o comando do negócio.

É importante, no entanto, que os investimentos em qualificação profissional sejam planejados junto ao processo de assumir a empresa. Como visto, isso será determinante não só para adquirir os conhecimentos necessários, mas também a experiência profissional.

Ao ter esses cuidados, você tem todas as condições de superar os desafios dos negócios familiares e promover as mudanças necessárias. Com isso, a “passagem de bastão” será o momento de adaptar o empreendimento aos novos cenários e tecnologias, garantindo sua existência para as próximas gerações.

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