Que a medicina é uma profissão que exige muito mais do que conhecimento teórico, você já deve saber, certo? Mas você sabe quais as principais estratégias para uma formação médica sólida e eficiente?
Para oferecer um atendimento completo e de qualidade, é fundamental que os profissionais recebam uma formação completa, e é aí que entra a educação interprofissional.
Essa abordagem estimula a troca de conhecimentos entre estudantes de diferentes áreas, promovendo uma rica troca de informações, que contribui para uma formação íntegra, além de auxiliar no desenvolvimento de habilidades profissionais e pessoais.
Se você está iniciando agora nessa jornada desafiadora e muito gratificante que é a medicina, leia este post que a Uniderp preparou para você e saiba como a integração de saberes entre diferentes áreas contribui para a formação médica!
- 1 O que é educação interprofissional e por que ela é importante na Medicina
- 2 A história e evolução da educação interprofissional no Brasil e no mundo
- 3 Como as áreas se complementam e se integram na prática?
- 4 Como implementar a educação interprofissional nas universidades
- 5 A importância da educação interprofissional na formação de médicos do futuro
O que é educação interprofissional e por que ela é importante na Medicina
De forma simples e objetiva, a educação interprofissional é uma abordagem no ensino da saúde que incentiva a aprendizagem conjunta entre diferentes áreas, promovendo a integração de saberes. Na medicina, essa troca de conhecimento pode ser feita entre diversos cursos, como:
- Enfermagem.
- Fisioterapia.
- Farmácia.
- Odontologia.
- Medicina Veterinária.
O objetivo da educação interprofissional na medicina é preparar futuros profissionais para a prática colaborativa em saúde, além de desenvolver habilidades clínicas essenciais para a atuação profissional. Essa integração contribui para a formação de médicos e outros profissionais mais preparados para o dia a dia da profissão.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde (Brasil), além de outros órgãos e instituições renomadas, reconhecem a importância de formatos modernos e eficientes de aprendizagem, uma vez que contribuem para a qualificação dos profissionais e na melhoria dos serviços de saúde. Ao aprenderem juntos, estudantes de diferentes áreas desenvolvem habilidades colaborativas que também são essenciais para o trabalho em equipe.
O conceito de aprendizagem colaborativa está alinhado com teorias de grandes figuras da medicina e da educação, como a de Howard Gardner, que defende múltiplas formas de inteligência, e de Donald Schön, que valoriza a reflexão na prática. Esses fundamentos reforçam a necessidade de um ensino que vá além do conhecimento técnico, preparando os futuros médicos para lidar com desafios reais do dia a dia.
A história e evolução da educação interprofissional no Brasil e no mundo
A educação interprofissional começou a ganhar destaque na segunda metade do século XX, quando instituições de ensino perceberam a necessidade de uma formação conjunta entre diferentes áreas da saúde.
A Universidade Harvard – destaque quando o assunto é ensino de qualidade, foi uma das pioneiras ao incorporar esse conceito em seus programas acadêmicos.
Desde então, grandes nomes contribuíram para a implementação e aperfeiçoamento da educação interprofissional ao redor do mundo, incluindo Howard Gardner, David Kolb, James Fowler,Donald Schön e muitos outros. Instituições renomadas como Hospital Albert Einstein, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), International Network for Health Workforce Education também fizeram e fazem parte até hoje desta história.
Com o tempo, esse modelo evoluiu e passou a ser amplamente adotado por diversas universidades e centros de ensino, preparando profissionais para uma atuação mais integrada e eficiente no cuidado ao paciente.
Vale ainda ressaltar que a aplicação do método não contribui apenas para os futuros médicos, mas sim para todos os profissionais que adotam a forma de estudo em conjunto.
Principais metodologias ativas na educação interprofissional
Mesclar estratégias de aprendizagem é muito benéfico para o desenvolvimento dos alunos. Um exemplo disso é a associação de diferentes técnicas de metodologias ativas na educação interprofissional.
As metodologias ativas têm um papel fundamental na educação médica, promovendo um aprendizado mais dinâmico e colaborativo. Uma das abordagens mais utilizadas é a Aprendizagem Baseada em Problemas (também conhecida como PBL). O PBL incentiva os estudantes a resolverem casos clínicos em equipe, desenvolvendo raciocínio crítico e habilidades colaborativas.
Além da Aprendizagem baseada em problemas (PBL), a simulação clínica também é uma estratégia amplamente aplicada, permitindo que os alunos enfrentem cenários realistas em um ambiente seguro. Esse método favorece a prática baseada em evidências, preparando futuros profissionais para tomar decisões rápidas e aprimorar o cuidado ao paciente. Além disso, a prática permite ainda uma atuação em conjunto com outras áreas, uma vez que as equipes compartilham espaço e trabalham em conjunto em clínicas, hospitais, UBS e outros locais.
Na prática educativa em saúde, essas estratégias ajudam a formar médicos e outros profissionais mais preparados para trabalhar em equipe, fortalecendo a qualidade dos serviços de saúde e, acima de tudo, a segurança do paciente!
Saiba mais sobre a aplicação de metodologias ativas na educação médica!
10 Benefícios da educação interprofissional na prática médica
Na prática educativa em saúde, o modelo de educação interprofissional possibilita o desenvolvimento de diversas competências. Os principais benefícios para os estudantes são:
- Melhora a comunicação entre profissionais de saúde de diferentes áreas, reduzindo falhas na transmissão de informações.
- Desenvolve o trabalho formado por equipe multidisciplinar, através do desenvolvimento de habilidades colaborativas – essencial para um atendimento integrado e eficiente.
- Reduz a ocorrência de erros médicos, promovendo uma maior segurança ao paciente.
- Favorece a tomada de decisão ágil e compartilhada, garantindo abordagens mais adequadas e seguras.
- Amplia a compreensão sobre o papel de cada profissional, fortalecendo a colaboração no ambiente hospitalar e desenvolvendo competências interprofissionais.
- Melhora a experiência do paciente, que recebe um atendimento mais coordenado e humanizado, gerando maior satisfação também aos profissionais, que recebem feedbacks positivos.
- Prepara os alunos para cenários reais, simulando situações clínicas complexas em equipe.
- Estimula a troca de conhecimentos, enriquecendo a formação dos futuros médicos e dos profissionais das outras áreas.
- Diminui o estresse no ambiente de trabalho, ao fortalecer a cooperação entre equipes.
- Facilita a adaptação a novas tecnologias e protocolos, devido à interação constante entre diferentes equipes e fluxos de trabalho.
Portanto, investir na educação interprofissional é essencial para formar médicos mais preparados para o trabalho em equipe e para um sistema de saúde mais eficiente.
Saiba mais: Descubra como a aprendizagem ativa contribui para a formação médica.
Como as áreas se complementam e se integram na prática?
Embora alguns profissionais façam parte da rotina médica com maior frequência, como por exemplo os enfermeiros, há muito o que aprender com as outras áreas.
Para que fique ainda mais simples de entender, vamos exemplificar de forma breve como algumas áreas podem se integrar à medicina:
- Enfermagem: Os profissionais de enfermagem têm contato direto com os pacientes em hospitais e clínicas, tendo participação ativa no atendimento. Portanto, a troca de conhecimento favorece a aprendizagem integrada de ambos os lados.
- Fisioterapia: Diversas patologias são tratadas através da fisioterapia, desde alterações ortopédicas, até mesmo alterações causadas por estresse e outros problemas. Portanto, a atuação dos profissionais em conjunto também se faz essencial para proporcionar um tratamento ainda mais completo ao paciente.
- Odontologia: Diversos problemas de saúde podem ter como origem alterações bucais, devido por exemplo à migração de bactérias da boca para órgãos foco como o coração e os rins. Ou seja, conhecer detalhadamente sobre a fisiologia, anatomia e patologias relacionadas à alterações orais é fundamental para a atuação clínica!
- Medicina Veterinária: Embora muita gente não saiba, o médico veterinário participa ativamente de ações que promovam a saúde pública. O profissional atua, por exemplo, frente a ações de prevenção e controle de zoonoses (doenças transmitidas entre animais e seres humanos), além do controle de qualidade de alimentos para consumo humano e muitas outras áreas relacionadas à saúde humana. Portanto, o estudo em conjunto com estes profissionais também é muito benéfico ao futuro médico.
Como implementar a educação interprofissional nas universidades
Assim como outras estratégias de ensino, a implementação da educação interprofissional nas universidades requer uma abordagem bem planejada. Para isso, é essencial que haja um compromisso institucional, com capacitação de equipe e incentivo aos alunos.
Além disso, parcerias com hospitais universitários, unidades básicas de saúde e programas comunitários também são importantes para oferecer experiências práticas de trabalho em equipe.
Alguns alunos tomam ainda iniciativa própria, criando grupos de estudos integrados, favorecendo a prática de educação colaborativa através da participação ativa.
Estudos recentes, como este, da Faculdade de Medicina da USP, evidenciam a importância da implementação de estratégias que favoreçam a formação interprofissional, como um programa voltado para a formação de docentes, para uma mediação e contribuição ainda mais colaborativa e eficaz.
Outros materiais publicados, como este trabalho sobre a Educação Interprofissional nos cursos da área da saúde de uma universidade pública, reforçam que embora muito relevante na formação profissional – principalmente na área da saúde, a abordagem de educação interprofissional ainda é muito pouco explorada nas instituições, reforçando a necessidade de capacitação docente dentre as possíveis estratégias de implementação.
Tendências e futuro da educação interprofissional na Medicina
Com os avanços tecnológicos e maior facilidade na capacitação profissional, a tendência é que a implementação de programas de educação interprofissional seja cada vez mais aproveitada por instituições de ensino superior, permitindo uma formação ainda mais completa para médicos e outros profissionais.
A participação, contribuição e apoio de organizações e associações, como a Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM), Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) e Conselho Federal de Medicina (CFM) na formação e capacitação médica são fundamentais para os avanços da medicina e suas formas de estudo.
A importância da educação interprofissional na formação de médicos do futuro
Já deu para perceber que a importância da formação interprofissional na medicina vai muito além de fornecer o conhecimento clínico básico, certo?
Então, se você busca uma carreira de sucesso, saiba que para trilhar esse caminho com excelência, é essencial estudar em uma instituição de ensino de alto nível.
Na Uniderp, o curso de Medicina tem nota máxima no MEC (5 estrelas) e oferece uma formação completa, desenvolvendo a capacitação interdisciplinar desde as primeiras fases do curso.
Além disso, a Faculdade de Medicina Uniderp conta com diferenciais como:
- Contato dos alunos com o SUS desde os primeiros períodos da graduação.
- Laboratórios equipados com tecnologia de ponta para a realização de aulas práticas.
- Professores altamente qualificados e experientes em suas áreas de atuação.
- Metodologias inovadoras que estimulam a participação ativa dos alunos.
- E muito mais!
Portanto, não perca a chance de conhecer mais sobre todos os benefícios de estudar medicina na Uniderp! Acesse agora mesmo a página do curso e faça um tour virtual para saber mais!
Se você gostou do conteúdo, acesse o blog de Medicina da Uniderp e fique por dentro de outros assuntos relacionados à área médica!
Seu futuro na Medicina começa agora!
