Competências Médicas: habilidades técnicas e interpessoais

Competências Médicas | Uniderp

O exercício da medicina vai muito além do conhecimento técnico. Para ser um profissional completo, é essencial desenvolver um conjunto de competências médicas que envolvem tanto habilidades técnicas quanto interpessoais. 

O exercício da profissão exige aptidões médicas que permitem diagnósticos precisos, tratamentos eficazes e uma relação humanizada com os pacientes.

Neste artigo, vamos explorar as principais habilidades médicas que todo profissional deve desenvolver ao longo da formação e da prática profissional. Afinal, ser um bom médico vai além do conhecimento técnico — envolve saber lidar com pessoas, desafios e decisões críticas no dia a dia da profissão.

Portanto, se você está chegando agora no universo da Medicina, fique por dentro do tema com este conteúdo preparado exclusivamente para você pela Uniderp!

A evolução das competências médicas ao longo da história

Se você é um entusiasta da história da Medicina com certeza já ouviu falar em nomes como Hipócrates, William Osler, Florence Nightingale, Ignaz Semmelweis, Abraham Flexner, Carlos Chagas, René Favaloro, Harvey Cushing, Oswaldo Cruz, Paul Farmer, Alois Alzheimer e muitos outros, certo?

O fato é que cada um desses profissionais teve uma contribuição extremamente necessária e valiosa para os avanços do aprendizado médico.

Hipócrates, por exemplo, é considerado até hoje o “pai da medicina”. Ele foi um dos primeiros a enfatizar a importância da observação clínica e da ética profissional, conceitos que são pilares da prática médica.

Já Abraham Flexner contribuiu por meio de ideias que evidenciaram a relevância do ensino prático além do teórico. A teoria de Abraham revolucionou o ensino em medicina, já que favorece o desenvolvimento de habilidades médicas essenciais para uma prática mais segura e eficiente.

Tour Virtual de Medicina Uniderp Campo Grande

Harvey Cushing, como você já deve imaginar, foi responsável por descrever a doença de Cushing. Enfim, muitas foram as contribuições desses ícones da medicina.

Nos dias de hoje, além do domínio técnico, espera-se que os alunos adquiram competências interpessoais e éticas para lidar com pacientes e equipes multidisciplinares. Por conta disso, a combinação entre ciência e humanização se tornou indispensável para uma formação médica completa e alinhada às necessidades contemporâneas.

Leia mais: a importância do desenvolvimento de habilidades clínicas na medicina.

Estestoscópio, seringas e livros médicos antigos

Habilidades técnicas: o pilar da profissão médica

O desenvolvimento de habilidades técnicas vai muito além do ensino teórico ou conhecimento de soft skills na medicina de forma geral.

Esses pontos relacionados às capacidades técnicas médicas têm relação íntima com as atividades práticas conduzidas pelos docentes e participação ativa dos alunos em cursos extracurriculares, devendo ser trabalhados durante os seis anos de graduação. Entre os principais, podemos usar como exemplo:

  • Anamnese: uma anamnese bem feita é crucial para triar o caso e pensar em possibilidades diagnósticas. Por isso, a conversa com o paciente (ou com seus familiares, em casos onde o contato direto com o paciente seja limitado), é de extrema importância.
  • Exame físico do paciente: aprender a forma correta de examinar o paciente é essencial para um diagnóstico assertivo. Além disso, o exame físico pode ajudar a identificar alterações não relacionadas à queixa principal, mas que devem ser investigadas. Por exemplo: um paciente chega ao consultório com queixa de quadro alérgico por contato com poeira. Porém, na ausculta cardiorrespiratória, é notado um sopro cardíaco. Identificar a alteração é essencial para que o médico planeje os próximos passos – seja solicitando exames específicos ou encaminhando o paciente ao colega cardiologista.
  • Interpretação de exames: interpretar os resultados de exames também faz parte do desenvolvimento de habilidades técnicas. Ao longo do curso, o aluno participa de aulas teóricas e práticas que visam proporcionar conhecimento na realização e interpretação de exames laboratoriais e de imagem, fundamentais para diagnóstico e acompanhamento dos pacientes.
  • Identificar casos de emergência: identificar um caso de emergência é crucial para o prognóstico e sucesso do suporte ao paciente. Portanto, essa habilidade também deve ser desenvolvida pelos estudantes de medicina.
  • Reanimação Cardiopulmonar (RCP): a habilidade prática em realizar um procedimento de reanimação é fundamental em momentos de emergência. Além disso, essa é uma habilidade que se relaciona de forma direta ao desenvolvimento de habilidades interpessoais, já que se trata de um procedimento no qual deve haver a presença de um profissional líder, que irá coordenar a ação do grupo, unindo habilidades técnicas e interpessoais.
  • Manejo de vias aéreas: associado à quadros de emergência, o manejo de desobstrução ou liberação de vias aéreas é essencial, já que permite manter o fluxo de oxigênio para os tecidos.

Outras habilidades técnicas também podem ser citadas, como o manejo inicial de fraturas, realização de suturas e muitos outros! Esses são apenas alguns exemplos que influenciam diretamente no sucesso da carreira médica e, claro, na segurança dos pacientes.

Duas jovens médicas analisando exames e prontuários de pacientes

Diagnóstico e raciocínio clínico: desvendando a Doença de Chagas

E já que o assunto é a importância de desenvolver habilidades técnicas, vamos falar um pouco sobre um grande marco na história da medicina: o descobrimento da Doença de Chagas.

Carlos Chagas descobriu a doença de Chagas em 1909, ao identificar o protozoário Trypanosoma cruzi (agente causador da doença) em um paciente infectado. 

Utilizando suas habilidades técnicas, ele correlacionou a presença do parasita no inseto barbeiro com os sintomas observados em humanos. Por meio de exames microscópicos e análise clínica detalhada, Chagas descreveu todo o ciclo da doença, desde o agente transmissor até suas manifestações. 

Seu trabalho inovador combinou diagnóstico laboratorial, observação clínica e metodologia científica, revolucionando a medicina tropical.

Procedimentos cirúrgicos e técnicas avançadas

Em etapas mais avançadas do curso, como no internato (que contempla os 2 últimos anos do curso) ou em disciplinas de técnicas cirúrgicas, os alunos trabalham o desenvolvimento de habilidades médicas avançadas, treinando-os para a participação e realização de procedimentos mais invasivos e de maior complexidade.

A prática em dissecação, por exemplo, é muito importante na hora de aprender a realizar procedimentos cirúrgicos, sendo amplamente abordada nas aulas práticas.

Embora o treinamento prático tenha um foco maior nos últimos anos do curso, reforçamos que a participação do aluno em cursos extracurriculares, semanas acadêmicas, simpósios, congressos e outros eventos da área contribui diretamente para a sua evolução.

A importância do desenvolvimento de competências interpessoais na Medicina

Tão importante como entender pontos técnicos, é associar as habilidades interpessoais na rotina de estudos e trabalho na área da saúde.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), o Conselho Federal de Medicina (CFM), a American Medical Association (AMA), a Associação Médica Brasileira (AMB), além de muitos outros órgãos e instituições, reforçam que um bom médico deve aliar competências clínicas e técnicas à capacidade de comunicação, empatia e tomada de decisão – que contemplam as competências interpessoais. 

Jovem médico cumprimentando paciente com aperto de mãos

Competências interpessoais na medicina

Esses aspectos são fundamentais para garantir um atendimento de qualidade e uma prática profissional ética, tendo destaque como principais pontos:

  • Comunicação: aprimorar as habilidades em comunicação e aprender sobre adequação de linguagem, tornando a comunicação eficiente entre equipes e pacientes, é fundamental. Isso também ajuda na hora de realizar prescrições, recomendações, preenchimento de prontuários e etc.
  • Trabalho em equipe: aprender a trabalhar com a equipe do próprio setor e também de outras áreas é fundamental. A educação interprofissional é uma grande aliada do trabalho em equipe.
  • Capacidade analítica: saber ler, interpretar e analisar trabalhos científicos, assim como bulas de medicamentos e materiais técnicos fazem parte de habilidades de comunicação e interpretação que devem ser aprimoradas ao longo da graduação.
  • Ética: agir com ética deve ser um ato presente na vida do aluno desde o primeiro dia de aula. Para isso, documentos como o código de ética do estudante de medicina, ou ainda o Código de ética médica, além das orientações dos docentes e coordenadores do curso, servem como apoio.
  • Liderança: o desenvolvimento da capacidade de liderança é essencial, visto que as equipes médicas demandam de um líder não apenas para atuar nos setores, mas também em procedimentos específicos. Exemplo disso é em um cenário de reanimação cardiopulmonar, onde o trabalho deve ser realizado em equipe, porém com um médico integrante atuando como líder e coordenando a ação.
  • Inteligência emocional: essencial para a saúde do profissional e para uma atuação segura, já que o estado emocional pode influenciar no raciocínio e tomada de decisões.


Estes são apenas alguns dos diversos exemplos de habilidades e competências interpessoais que devem ser trabalhadas pelos futuros médicos.

Todos os pontos abordados englobam conhecimentos fundamentais em medicina, indo além da grade curricular do curso!

O impacto da comunicação efetiva e empatia no atendimento ao paciente

A comunicação efetiva e a empatia são essenciais para um atendimento médico respeitoso, eficiente e humanizado.

Um diálogo claro e humanizado, utilizando uma linguagem simples e que transmita clareza, ajuda o paciente a compreender seu diagnóstico, tratamento e recomendações médicas gerais, aumentando a adesão às orientações passadas pelo profissional.

Além disso, a empatia fortalece a relação médico-paciente, reduzindo a ansiedade, o medo e melhorando a experiência do cuidado. A escuta ativa e o respeito às emoções do paciente contribuem para decisões mais assertivas e um ambiente hospitalar mais acolhedor.

Médica aferindo a pressão de paciente em leito hospitalar

O Papel das instituições na formação médica

Tanto as instituições de ensino como órgãos, associações, conselhos de classe e outros são fundamentais para o processo de preparo dos médicos quando em formação.

Como referência em coordenação de ações, estudos, revistas científicas, atuação médica e outros pontos que contemplam a medicina, temos como exemplo:

Falando em instituições de ensino, como as faculdades que oferecem o curso de Medicina, é importante que a instituição apoie os alunos quanto ao desenvolvimento de competências médicas essenciais para a atuação. Isso pode ser feito através de:

  • Estímulo e apoio aos grupos de estudos, com suporte dos professores para tirar eventuais dúvidas quando necessário.
  • Realização de eventos acadêmicos como semanas acadêmicas, simpósios, palestras e outros.
  • Uso de metodologias ativas no ensino, como o PBL, visando uma participação ainda mais ativa dos alunos.
  • Fornecimento de infraestrutura com capacidade para a realização das aulas práticas, como por exemplo disponibilizando manequins e modelos anatômicos modernos e eficientes para o estudo dos sistemas do corpo humano.
  • E muito mais!

Mas, acima de tudo, o aprimoramento das competências médicas deve partir do aluno, que, com empenho e dedicação, será capaz de desenvolver as habilidades necessárias para iniciar uma carreira médica de sucesso!

Leia mais: a importância das metodologias ativas nos cursos de medicina!

A Uniderp é referência quando o assunto é o desenvolvimento de competências médicas!

Agora que você já sabe a importância de desenvolver competências médicas durante os 6 anos de graduação, é hora de escolher uma faculdade que incentive cada etapa do seu estudo!

Com anos de tradição no ensino superior e nota máxima no MEC (5 estrelas), a Uniderp está presente em cada fase da formação acadêmica dos futuros médicos, desde o primeiro semestre! Dentre as principais vantagens em estudar na Uniderp destacam-se:

  • Professores experientes e qualificados.
  • Infraestrutura moderna.
  • Laboratórios de aulas práticas equipados com ferramentas de última geração.
  • Inserção dos alunos na vivência com os atendimentos do SUS.
  • Sucesso na aprovação de alunos em programas de residência médica.
  • Possibilidade de ingresso por uso da nota do ENEM, realização do vestibular e outras formas.
  • Uso de metodologias ativas que ajudam no desenvolvimento de competências profissionais em saúde!
  • E muito mais, para que o aluno desenvolva habilidades médicas essenciais desde o início do curso!

Então, se você está pronto para iniciar uma jornada acadêmica de sucesso, conheça a página do curso de Medicina da Uniderp e realize um tour virtual!

Se você gostou do conteúdo, acesse o Blog da Uniderp e confira mais sobre a carreira em medicina!

O seu sucesso começa aqui!

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